Loja da Incubadora de Economia Solidária de Santo André muda de lugar no Atrium Shopping

A loja da Incubadora Pública de Economia Solidária de Santo André mudou de lugar dentro do Atrium Shopping. Antes no segundo andar, agora o público pode encontrar os produtos feitos a mão pelos artesãos e artesãs do programa no piso térreo, próximo à entrada principal, localizada na Avenida Giovanni Batista Pirelli, 155, na Vila Homero Thon. Entre os produtos expostos estão bonecas de pano e de crochê, peças de decoração, acessórios, placas decorativas com frases, chapéus, bolsas, panos de prato, necessaires, carteiras e muito mais.

Todos os itens são pensados e produzidos pelos atendidos do programa de Economia Solidária, que tem como objetivo formar empreendedores por meio de capacitação, apoio na gestão e experiência em vendas.

“A ideia é que os empreendedores adquiram intimidade com o comércio, ao participar dos dois formatos de venda, na loja e na feira de artesanato, e que conheçam a diferença de perfil de público, as necessidades de cada local. A maioria não tem experiência nenhuma, porque o programa é direcionado, justamente, para pessoas muito embrionárias em seus empreendimentos”, explica a diretora do Departamento de Apoio ao Trabalhador, Maria de Lourdes Lopes.

Quem ingressa na incubadora passa por formação teórica e pela experiência prática. Logo de início recebe informações sobre os princípios da economia solidária, sobre o espírito empreendedor, o trabalho de forma coletiva e também é direcionado para participar de cursos de capacitação do Sebrae sobre temas como precificação, estratégia de vendas, atendimento ao cliente, entre outros.

Paralelamente passa a expor seus produtos, no caso das peças de artesanato, na loja da incubadora no Atrium Shopping e na feira de artesanato que acontece às terças e quintas, ao lado da Catedral Nossa Senhora do Carmo, no Centro, e às quartas ao lado do Santuário do Senhor do Bonfim, no Parque das Nações. Os empreendedores do ramo de alimentos participam apenas das feiras ao ar livre.

Maria Rejane Rocha de Araújo, de 54 anos, é uma das empreendedoras do programa que comercializa os produtos na loja. Ela borda chapéus e faz quadrinhos decorativos em placa de fibra sintética chamada MDF, a maioria com frases positivas e mensagens que ela mesma seleciona. “Eu gosto do trabalho manual, me traz leveza para a vida, mesmo quando ela está um pouco pesada”, afirma.

Professora de História e Geografia, aposentada desde 2018, Rejane ingressou na Incubadora Pública de Economia Solidária em 2021 para se aprimorar na produção e comercialização do artesanato, que ela sempre gostou de fazer, e agora tem consciência de que traz muita coisa boa pra sua vida.

“O artesanato é como uma terapia. E quando eu vejo que tem uma coisa minha que alguém leva, eu acho que ela está levando um pouquinho de mim. Isso me faz muito bem. O artesanato me encanta e tem um encantamento”, conclui Rejane.