Integrantes do MST fazem palestra para participantes das hortas comunitárias de Diadema

Em razão do Dia do Agricultor Familiar, comemorado em 25 de julho, e também para iniciar uma nova fase do Programa Agricultura Urbana de Diadema, a Secretaria de Segurança Alimentar realizou, hoje (27/7), no auditório do Quarteirão da Saúde, um encontro entre os agricultores das hortas comunitárias da cidade e dirigentes do Movimento Sem Terra – acampamento Comuna da Terra Irmã Alberta - do bairro Perus, em São Paulo.

O evento teve a participação de mais de 25 integrantes do programa, que assistiram a palestra “Produção Agroecológica, Relação Comunitária e Gestão de Espaços Coletivos”, ministrada pelas integrantes do MST Maria Alves e Marília de Azevedo Batista. O encontro contou, também, com as presenças do prefeito José de Filippi Júnior e da presidenta do Fundo Social de Solidariedade de Diadema, Inês Maria de Filippi.

Na abertura falou o coordenador estadual do MST, Marcelo Bozetto, que ressaltou a importância do plantio coletivo e a produção de comida.

“O trabalho de vocês é fundamental, é indispensável. Pelo momento que vivemos hoje no Brasil, ver um país com tanto potencial, com tanta riqueza, e também ver irmãs e irmãos brasileiros passando fome é muito triste”, disse.

O dirigente reforçou a importância da troca de informações entre as duas experiências e afirmou que produzir alimentos saudáveis ocupando áreas que estavam abandonadas ou sendo subutilizadas é de grande valia para todos. “Isso é fundamental porque comida no país virou artigo de luxo e os preços dos alimentos sobem cada vez mais”, finalizou.

Para o secretário de Segurança Alimentar, Gel Antônio, o encontro marca um novo momento para o Programa Agricultura Urbana que passa por período de mudança e reciclagem.

“O Programa existe há mais de 16 anos e percebemos que é necessário promover mais capacitação, trazer mais informações para os participantes. É preciso conhecer novas experiências, ter contato com outras formas da agricultura saudável e o trabalho que o MST desenvolve mostra isso”, disse Gel.

A assistente da Secretaria de Segurança Alimentar, Luci Uliana, revela que as novas ações vão trazer mais bagagem aos agricultores e que isso resultará em maior produção e mais consumo de alimentos sem agrotóxicos.

“Vamos trabalhar com os agricultores processos de organização social, ampliar as práticas da agroecologia, que preserva o meio ambiente e a biodiversidade, e também realizar a produção de composto, que podem ser feitos com os resíduos orgânicos vindos das casas dos participantes do programa”, esclareceu.

O Programa Agricultura Urbana de Diadema conta atualmente com 29 hortas comunitárias, que são cuidadas por 460 moradores da cidade. Todo o plantio está localizado em áreas púbicas e, além de promover a segurança alimentar e nutricional à população do Município, também gera renda .