Parque Tecnológico de Santo André tem R$ 93 milhões em verbas aprovadas para investimento em inovação

O Parque Tecnológico de Santo André, administrado pela secretaria de Desenvolvimento Econômico e Geração de Emprego do município, obteve, junto às agências públicas de fomento, no período de 2020 a 2024, a aprovação de R$ 93,6 milhões destinados à execução de projetos do seu Programa de Inovação Aberta.
As verbas aprovadas provêm de fundos de fomento da Finep (Financiadora de Estudos e Projetos, vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia), Embrapii (Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial), Fundepe (Fundação Universitária para o Desenvolvimento do Ensino e da Pesquisa) e Ministério do Desenvolvimento Regional, que são liberadas para a realização de projetos vencedores dos desafios.
Entre 2020 e 2024, 44 organizações credenciaram “desafios” no Parque Tecnológico, ao apresentarem suas necessidades no âmbito das soluções tecnológicas. Ante o desafio colocado, o Parque Tecnológico de Santo André mobiliza seus parceiros (governo, empresas e instituições científicas, tecnológicas, de pesquisa e de ensino) para que sejam apresentadas soluções inovadoras para as demandas dos solicitantes.
Neste período, o Programa de Inovação Aberta credenciou 45 desafios de soluções tecnológicas solicitadas por empresas da região do ABC, para os quais foram apresentadas 38 respostas inovadoras. As chamadas para colaboração são divulgadas no formato de edital público.
Para o secretário de Desenvolvimento Econômico e Geração de Emprego, Evandro Banzato, o Programa de Inovação Aberta é uma das iniciativas que se destacam para a melhoria da competitividade das empresas. “É um pilar estratégico e essencial dentro do Parque Tecnológico de Santo André, que segue atraindo cada vez mais desafios das grandes empresas e dos setores econômicos estratégicos da nossa cidade e região. A participação das ICT’s – Information and Communication Tecnology, startups e universidades tem sido fundamental para que projetos estruturantes continuem a captar recursos públicos”, disse.
O Programa de Inovação Aberta de Santo André, voltado às empresas e startups que procuram soluções inovadoras para suas demandas, permite a conexão entre empreendedores, universidades, institutos e centros tecnológicos. O programa parte do princípio de que processos empresariais inovadores podem ser estabelecidos por meio de parcerias entre essas organizações. A inovação aberta, na prática, é uma ferramenta de cooperação e compartilhamento de informações e serviços.
O ecossistema de inovação da região do ABC, com destaque para o Parque Tecnológico de Santo André, conta com competência profissional e infraestrutura necessária para contribuir de forma eficaz para a superação de desafios tecnológicos e de competitividade das empresas de setores estratégicos da economia regional e nacional, como os de tecnologia da informação, borracha, plásticos, automotivo, químico, entre outros.
O conceito (open innovation, em inglês) foi criado, em 2003, pelo norte-americano Henry Chesbrough, professor da Universidade de Berkeley (EUA). A proposta de inovação aberta é uma alternativa à tradicional inovação fechada, na qual as empresas operam em um ambiente interno, utilizando apenas recursos próprios, e permite que as empresas obtenham conhecimentos externos para administrar suas estratégias de crescimento e permanência no mercado.
Entre as vantagens da inovação aberta estão a redução de riscos, a transmissão de informações de forma rápida e eficaz, a economia de tempo e recursos financeiros, a formação de parcerias de negócios e o financiamento para o desenvolvimento de novos projetos.
Exemplo – Modelo de um desafio bem sucedido é o do Grand Plaza Shopping, administrado pela empresa SYN Prop&Tech. O Parque Tecnológico de Santo André finalizou, em julho de 2023, um desafio cujo objetivo era melhorar a experiência dos consumidores por meio de um aplicativo de geolocalização e de acesso aos serviços desse centro de compras.
O desafio foi lançado em agosto de 2022 e a solução apresentada pela startup Gitly, de São Caetano do Sul, que desenvolveu um aplicativo (disponível para Android e iOS), após ser selecionada entre sete empresas que apresentaram suas propostas. O investimento da SYNProp& Tech, que administra o shopping, foi de aproximadamente R$ 600 mil no desenvolvimento da ferramenta.
Além da SYN Prop& Tech, destacam-se como empresas participantes do programa andreense a Rhodia Solvay Group, a Mercedes-Benz, a Prometeon, a TIM, a construtora Patriani, a GM e as empresas que integram o Comitê de Fomento Industrial do Polo do Grande ABC (Cofip ABC).